segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sobre as incandescências da Noite

Sobre as incandescências da Noite




Sob a luz...



Debaixo dessa lâmpada compulsiva

Latejam meus últimos movimentos

Antes que eu suma em teus espaços.

Antes que dê meu derradeiro grito:

O apelo misericordioso que tu não concedes.

-Nunca foi tão gostoso perder-

Considerar-me errado diante de tuas certezas

Certezas que perduram a noite toda

Mesmo quando a lâmpada morre

Tu te concentras em me manter vivo...



Sob a eterna penumbra



Mantido por forças exaustas

Conduzo o meu corpo até alguma possibilidade

Alguma realidade em que se consiga dormir.

Tanto movimento numa escuridão perpétua

A razão não me basta para sobreviver.

Preciso urgentemente daquela que vejo

Quando cerro os olhos de desejo.

Preciso alcançar seu leito indefinível

Para que de súbito me afogue mais uma vez

No teu lampejo de prazer outrora realizado...



Hesaú Rômulo.

São Luís, 24 de abril de 2009.

São Luís-MA.

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