Sobre as incandescências da Noite
Sob a luz...
Debaixo dessa lâmpada compulsiva
Latejam meus últimos movimentos
Antes que eu suma em teus espaços.
Antes que dê meu derradeiro grito:
O apelo misericordioso que tu não concedes.
-Nunca foi tão gostoso perder-
Considerar-me errado diante de tuas certezas
Certezas que perduram a noite toda
Mesmo quando a lâmpada morre
Tu te concentras em me manter vivo...
Sob a eterna penumbra
Mantido por forças exaustas
Conduzo o meu corpo até alguma possibilidade
Alguma realidade em que se consiga dormir.
Tanto movimento numa escuridão perpétua
A razão não me basta para sobreviver.
Preciso urgentemente daquela que vejo
Quando cerro os olhos de desejo.
Preciso alcançar seu leito indefinível
Para que de súbito me afogue mais uma vez
No teu lampejo de prazer outrora realizado...
Hesaú Rômulo.
São Luís, 24 de abril de 2009.
São Luís-MA.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Sobre as incandescências da Noite
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