Nunca pensei que todo mundo desejasse
A mesma coisa, embora me dissessem que
A felicidade fosse objeto de prazer.
E embora me dissessem, nunca cri tivesse
Um fundo de verdade, de coesão, no caso:
Minha visão tomava a frente e a insensatez
Era a função do ser. Acho que este não vê
O atemporal cuidado. Acho que vê-se atado
À condição opaca da existência e almeja
A perfeição da intelectualidade. Digo
O que digo por saber, por carregar comigo
O mesmo anseio, forte, essa ambição que nega
A própria origem. Mas se sei de minha essência,
É de supor que eu saiba, em meu querer, da ausência.
(Rodrigo Della Santina)
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