terça-feira, 15 de junho de 2010

Sublimação-Hesaú Rômulo

Sublimação

O meu devir acontece a cada segundo

Quando te imagino, -aparece-me em pensamento-

Quando este segundo quer escapar

Prendo-te em mim com esses versos

Então aprontamos uma eternidade vespertina.

O meu devir é o teu desejo de permanecer de olhos fechados

Estática sobre o meu corpo –também estático- encoberto pelo dia.

O segredo da semana é assassinado em meia, uma hora de vozes

[intercaladas por momentos de prazeres silenciosos.

O segredo da semana é destituir todos os relógios da casa

É aguardar que a noite chegue e os sonhos vençam os anseios,

Que a escuridão dos pensamentos se apavore com uma luz solitária de saudade

[que brilha dentro de um quarto, de um corpo que deseja um desejar latente.

O meu devir é a passagem instantânea entre estados permanentes da alma

É desfazer as horas que me perseguem nos dias úteis

Refaze-las dentro daquele segundo que agora já não vejo

Deveras nunca vi segundo algum ao teu lado, apenas senti e os sinto, indo de mim para ti, nesse fluxo absoluto que sustém minha vida!

Hesaú Rômulo

26 de setembro de 2008

São Luís-MA

2 comentários:

  1. Belo poema, meu caro, belo poema.
    Vi que anda a me seguir. Fico feliz com isso. Assim como sigo aqui.
    Lerei os outros poemas.
    Grande abraço,

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  2. Saudações Rodrigo. Agradecido. Que possamos enriquecer cada vez mais esse espaço.

    Hesaú Rômulo.

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