Sublimação
O meu devir acontece a cada segundo
Quando te imagino, -aparece-me em pensamento-
Quando este segundo quer escapar
Prendo-te em mim com esses versos
Então aprontamos uma eternidade vespertina.
O meu devir é o teu desejo de permanecer de olhos fechados
Estática sobre o meu corpo –também estático- encoberto pelo dia.
O segredo da semana é assassinado em meia, uma hora de vozes
[intercaladas por momentos de prazeres silenciosos.
O segredo da semana é destituir todos os relógios da casa
É aguardar que a noite chegue e os sonhos vençam os anseios,
Que a escuridão dos pensamentos se apavore com uma luz solitária de saudade
[que brilha dentro de um quarto, de um corpo que deseja um desejar latente.
O meu devir é a passagem instantânea entre estados permanentes da alma
É desfazer as horas que me perseguem nos dias úteis
Refaze-las dentro daquele segundo que agora já não vejo
Deveras nunca vi segundo algum ao teu lado, apenas senti e os sinto, indo de mim para ti, nesse fluxo absoluto que sustém minha vida!
Hesaú Rômulo
26 de setembro de 2008
São Luís-MA
Belo poema, meu caro, belo poema.
ResponderExcluirVi que anda a me seguir. Fico feliz com isso. Assim como sigo aqui.
Lerei os outros poemas.
Grande abraço,
Saudações Rodrigo. Agradecido. Que possamos enriquecer cada vez mais esse espaço.
ResponderExcluirHesaú Rômulo.